Princípios Universais de Sustentabilidade

Princípios gerais, parcialmente derivados dos princípios de gestão ambiental, aplicáveis ​​a um plano, programa ou projeto antes (na fase de redação ou documento), durante ou depois de sua execução. São aplicáveis ​​também a qualquer forma de gestão e uso do território e seus recursos, sejam públicos ou privados.

São princípios porque contêm ideias orientadoras fundamentais. Eles são universais porque se estendem a todas as atividades, a todos, em todos os momentos.

A sustentabilidade é algo geral ou integrado por definição. Fragmentar esse conceito em componentes é distorcer sua essência substantiva. A sustentabilidade deve ser um desejo da sociedade humana e de suas atividades em relação à natureza: é tornar duradouro o bem que temos ou usufruímos e melhorar o negativo que criamos ou sofremos. Aplica-se ao desenvolvimento (desenvolvimento sustentável) ou a qualquer ação humana com efeitos significativos.

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Princípios Universais de Sustentabilidade

EQUIDADE SOCIAL

Necessidade de melhorar a qualidade de vida da população como um todo e garantir a coesão social (equidade intrageracional), bem como preservar o capital natural e a qualidade do meio ambiente para as gerações futuras (equidade intergeracional). É uma meta e um valor que deve sempre inspirar decisões públicas e privadas de alta relevância objetiva.

PARTICIPAÇÃO E ACESSO À INFORMAÇÃO

Buscar consenso nas decisões sobre objetivos e necessidades comuns. No planeamento, urbano ou territorial, local ou regional, e especialmente de espaços naturais protegidos (PEV), bem como em projectos em PEV, são essenciais processos de exposição pública e de avaliação das propostas de cidadãos e grupos económicos, sociais e culturais , especialmente a nível local.

RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA

Cooperação e ação concertada de todos os atores envolvidos no processo de proteção ambiental e na busca de um desenvolvimento mais equilibrado. As ações e o planejamento sustentável do território devem ser baseados em visões participativas e globais, evitando qualquer solução setorial ou unilateral.

INTEGRAÇÃO AMBIENTAL

Consideração da proteção ambiental como parte integrante do processo de desenvolvimento. Implica incorporar a variável ambiental com enfoque ecológico em cada uma das diferentes políticas e ações setoriais: uso racional dos recursos naturais, minimizando a produção e a periculosidade dos resíduos, contribuindo para a prevenção e solução dos problemas ambientais globais, conservando e restauração de ecossistemas degradados e espaços naturais, entre outros.

CUIDADO OU PRECAUÇÃO

Preferência por não agir se não houver total certeza de que não causará impactos ambientais severos e irreversíveis. Este princípio pode apresentar alguma ambiguidade nas interpretações, embora deva sempre servir como um guia para avaliar, com antecedência, aquelas ações de magnitude com potenciais efeitos negativos sobre os ecossistemas, o território e a população.

PREVENÇÃO

Estratégia de ação que permite antecipar conflitos derivados de ações com implicações ambientais ou sociais. A prevenção deve ser uma medida prioritária, prevalecendo sobre as medidas compensatórias ou corretivas para os danos causados ​​pela implementação de um plano, programa, projeto ou qualquer ação de gestão.

RESTAURAÇÃO OU CORREÇÃO DE DANOS

Obrigação de corrigir ou mitigar os impactos causados ​​ao meio ambiente e aos recursos naturais. Este princípio apresenta uma classificação hierárquica inferior aos de precaução e prevenção porque em muitos casos a correção de impactos e a restauração de ecossistemas é muitas vezes muito lenta, parcial e cara. Em muitos casos, a restauração é necessária para recuperar e conservar o patrimônio natural degradado por causas antropogênicas, planejadas ou acidentais, e acelerar a recuperação dos valores e funções do ecossistema.

CONSERVAÇÃO DO AMBIENTE RURAL

A proteção da paisagem rural (sistemas agrícolas tradicionais, pastagens, florestas e outros ecossistemas florestais) é fundamental para manter a diversidade local de espécies e ecossistemas semi-naturais. O valor ecológico e econômico do meio rural e sua identidade territorial devem ser considerados fatores e cuidados ao máximo em todos os processos de planejamento e gestão, especialmente se isso implica uma expansão das áreas urbanas no espaço rural ou a intensa transformação do mesmo. .

MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

Medir e controlar o cumprimento dos objetivos e os efeitos de um projeto, programa ou plano. Para proporcionar um maior grau de eficácia, é conveniente incorporar medidas de monitoramento (por meio de indicadores, por exemplo), bem como canais facilitadores de participação e feedback do público. Isso fornece melhorias durante e após o processo de planejamento ou a vida do projeto.

Avaliação de sustentabilidade: um plano, programa ou projeto é sustentável? O manejo é sustentável?

Uma avaliação ambiental de um plano ou programa na Europa é chamada de avaliação de sustentabilidade. Na realidade, a avaliação da sustentabilidade pode se estender aos efeitos de projetos, processos ou produtos concebidos, controlados ou executados pela espécie humana. Para qualificar algo como sustentável ou avaliar seu grau de sustentabilidade, basta revisar o cumprimento dos princípios anteriores.